quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Foliana


Virada no tetéu
sambei o amanhecer
observadora vibrante
encinemados sorrisos
coloridos corpos suados
goles de sonho e alegria
molhando as cinzas do dia tal
a cada batida marcada
novos caminhos surgindo
dos nossos passistas pés
Num desvio de harmonia
fui parar na padaria
onde um folião resistente
assoviava aquela canção
que dispara meu peito
surdão
lembrei seus desviante-olhares
e suas bobagens cotidianas
em um compasso ascendente
joguei a vida lá adiante
porque atrás sempre vêm gente
basta rebolar e sorrir
provocada não dei tréla
quando me atacou a saudade
daquela camisa amarela
virei as costas
fui embora
saí cantando faceira
pois tristeza nessa vida
só quem gosta é a jardineira...

"Vem jardineira, vem meu amor ..."